lunes, 27 de agosto de 2012

Varig (português)

A História Inicial da Varig

 A VARIG (Viação Aérea Rio Grandense) foi uma das primeiras companhias aéreas do brasil. Foi fundada em 7 de maio de 1927 na cidade de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) pelo alemão Otto Ernst Meyer. Era a companhia aérea mais antiga do Brasil, e uma das mais antigas do mundo. Sua primeira aeronave foi uma hidroavião Dornier Do J Wal de nove passageiros, o que fez seu voo de estreia de Porto Alegre a Rio Grande. No início, operava hidroaviões a partir da Ilha Grande dos Marinheiros, no Rio Guaíba, operando principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil. Em 1932, comprou seu primeiro avião com trem de pouso, um Junkers A-50 Junior, e depois o Junkers F.13, iniciando suas operações em Porto Alegre, no terreno que daria origem ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. No início a Varig operava apenas vôos regionais no Rio Grande do Sul. Em 1943, chegaram os primeiros Lockheed L-10E os que iniciaram a padronização da frota da Varig, o que reduziu custos de manutenção e treinamento e iniciou a expansão da Varig dentro do Brasil. Na década de 1940, a Varig operou seu primeiro vôo internacional, ligando Porto Alegre a Montevidéu. Em 1955, chegaram os primeiros Lockheed Constellation, e inaugurou a sua rota mais prestigiosa, que ligava Porto Alegre a Nova Iorque com escalas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Ciudad Trujillo, hoje Santo Domingo. 

A História da Varig durante a Era dos Aviões a Jato

 Em 1959, a Varig trouxe os primeiros jatos ao Brasil, o Sud Aviation Caravelle. Em 1960, a Varig trouxe o primeiro Boeing 707, que logo assumiram as rotas como Nova Iorque, Paris, Tóquio, Londres etc. Em 1961, a Varig assumiu a Real Aerovias. Em 1965, a Panair do Brasil foi dissolvida pelo governo brasileiro, e suas aeronaves e rotas foram entregues para a Varig, o que permitiu o início das rotas para a Europa, que eram operadas pela Panair. A década de 1970 foi a melhor fase da história da Varig, marcada por diversos reconhecimentos e expansões. Nesse período, o presidente Hélio Smidt investiu no serviço de bordo e em novas rotas e aeronaves. Varig foi levado a topo mundialmente, reconhecida pela qualidade do serviço de bordo, chegando a concorrer diretamente com empresas renomadas como Lufthansa, Air France, KLM e a Pan Am. O catering chegava a servir caviar na primeira classe, e em alguns vôos o jantar tinha churrasco no espeto. A verdadeira expansão da Varig no mercado doméstico se iniciou no final de 1970, quando a empresa trouxe o primeiro Boeing 727. Varig trouxe 10 Boeing 737-200 entre 1974 e 1975. Em 1974 Varig comprou o primeiro de 15 Douglas DC-10, que iniciaram o processo de substituição dos já muito desgastados 707. Ele foi o primeiro jato de dois corredores da América Latina. Por sua elevada autonomia e velocidade, foram colocados nas rotas de maior curso da empresa, como Rio-Nova Iorque, Frankfurt, Paris, Roma, Londres e também nos vôos para o Japão com escala em Los Angeles. No ano de 1975, a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul foi vendida a VASP, mais por motivos desconhecidos, caiu nas mãos da Varig. No final da década de 1970, a Varig comprou a Rio Sul, uma empresa regional, para assumir as rotas regionais da Varig no Sul do Brasil, que mais trade também passaria a operar várias rotas regionais no sudeste e centro-oeste. Em 1981, a Varig começou uma grande expansão com a chegada dos primeiros Boeing 747-200. Em 1985, a Varig ampliou a frota de Boeing 747, com a chegada de dois Boeing 747-300, de maior autonomia e capacidade. Em 1986, a Varig inaugurou seu primeiro vôo para o novo Aeroporto de Guarulhos por um 747 procedente de Nova Iorque e transferiu grande parte de suas operações do Galeão para Guarulhos. Em 1987 a Varig recebeu o primeiro Boeing 737-300 e 6 jatos 767-200 da verão ER (Extended Range) e iniciou o processo de modernização da frota. A partir de 1990, a Varig recebeu outros nove 767, mas estes da versão 300ER. A frota de 747 da Varig só ficaria completa em 1991, com a chegada de 3 Boeing 747-400, com esse aeronave a Varig inaugurarou a rota Rio-Hong Kong com escalas em São Paulo, Joanesburgo e Bangcoc. Em 1992, chegaram os primeiros dois aeronaves McDonnell Douglas MD-11 para começar a substituição dos McDonnell Douglas DC-10.  A Varig voou esta aeronave até a falência en 2006. Nenhuma empresa aérea utilizou tantos MD-11 na versão de passageiros como a Varig. Em 1992, a Varig anunciou que o Cruzeiro seria absorvido pela Varig. Isso trouxe a frota Airbus A300 para a Varig. Em 1993, a Varig criou uma divisão de carga, a Varig Cargo, que depois foi renomeada Varig Log. Em, 1995, a Rio Sul, subsidiária regional, também iniciou sua expansão. A frota, que era composta por Embraer EMB-120 Brasília, foi renovada com novos jatos Embraer ERJ-145, e Boeing 737-500, o que permitiu a empresa expandir seus serviços em frequências e capacidade. A Rio Sul também criou os serviços de Ponte aérea, interligando os aeroportos de Congonhas (São Paulo), Pampulha (Belo Horizonte), Santos Dumont (Rio de Janeiro e Brasília. Também comprou a Nordeste. Apesar da situação aparentemente estável, a partir do ano de 1996, a Varig começou a ter balanços negativos e essa situação não se recuperou mais. Em novembro de 1996, a Varig mudou sua identidade visual, adotando a famosa "estrela dourada". Em 1997 entrou para a Star Alliance, quase que como um membro fundador. Isso só não ocorreu devido ao Codeshare da Varig com a Delta Airlines. Em 1999 a Varig tentou iniciar uma nova expansão de sua frota doméstica. Encomendou sete Boeings da nova geração da família 737, sendo cinco Boeing 737-700 e dois Boeing 737-800, que chegaram em 2001.

Varig no Novo Milênio

 Em 2000, a Varig trouxe alguns Boeing 737-400 usados da Transbrasil e mais alguns 737-500 para a Rio Sul. Em 2001, ocorreram os Atentados de 11 de Setembro e a aviação entrou numa crise inigualável no mundo inteiro. Em novembro de 2001, a Varig recebeu o primeiro de uma encomenda de três Boeing 777-200ER. Em 2005 recebeu mais 777-200 usadas da United Airlines e da British Airways. Apesar de todas as inovações, a Varig não estava nada bem. A diretoria não tomava qualquer atitude para evitar a crise e reduzir as dívidas da empresa. Além disso, a Varig vinha perdendo muito espaço no mercado doméstico mediante ao crescimento implacável da TAM Linhas Aéreas e Gol Transportes Aéreos, que adotou o modelo low cost e conquistou o público brasileiro, com suas passagens baratas. As linhas aéreas Rio Sul e a Nordeste também vinham perdendo espaço no mercado regional frente as concorrentes TRIP Linhas Aéreas e Total Linhas Aéreas. O Governo Lula, tinha uma dívida de mais de 4 bilhões de Reais com o Grupo Varig. Mas em vez de pagar a dívida, tentou promover uma fusão com a TAM Linhas Aéreos, em 2003. Apesar das primeiras providências serem tomadas para a fusão, o projeto fracassou. Em 2004, a Varig recebeu o último tipo de avião da sua história. Foram encomendados quatro Boeing 757-200, ex-Iberia para serem utilizados nas rotas-tronco domésticas e América do Sul. Em novembro de 2005 a TAP Portugal, em conjunção com investidores brasileiros, formalizam a compra das subsidiárias Varig Log e Varig Engenharia e Manutenção (VEM), garantindo o pagamento de credores internacionais. Em 20 de julho de 2006, a empresa foi vendida por 24 milhões de dólares, em leilão, para a Varig Logística, que assumiu 245 milhões de Reais em bilhetes emitidos e o passivo (milhas acumuladas) de 70 milhões de Reais do Smiles. Em 28 de julho de 2006, começaram as demissões na empresa, totalizando somente neste dia mais de 5.000 postos de trabalho cortados, sem o pagamento das verbas rescisórias, que estavam arroladas no plano de recuperação judicial, bem como os qutro meses de salários atrasados e dívidas diversas com os mesmos. Dezenas de aviões, ficaram retidos no hangar da VEM no Galeão sem poder voar. Alguns outros aviões ficaram parados por outros locais do Brasil e do mundo, como o Boeing 777-200 PP-VRE que ficou parado em Nova Iorque e o PP-VRJ em Salvador. A 3 de agosto de 2006, a Varig operou seu último vôo internacional. Dois MD-11, que decolaram para São Paulo e Rio de Janeiro terminando os vôos internacionais da Varig. Em 9 de abril de 2007 a VRG Linhas Aéreas S/A foi comprada pela Gol Transportes Aéreos, por meio de uma subsidiária desta, a GTI S.A. A compra foi feita dessa forma para evitar a transferência das dívidas da Varig para a Gol. No dia 20 de agosto de 2010, a Justiça do Rio de Janeiro decretou falência da antiga Varig, além de mais duas empresas do grupo, a Rio Sul Linhas Aéreas e a Nordeste Linhas Aéreas. Hoje o nome Varig voa como a subsidiária internacional da Gol Transportes Aéreos.

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